Explicações mecanicas feitas pelo Sukys
conhecidas como "Classicos da Jipenet"

TORQUE X POTÊNCIA

EXPLICANDO AS FAÍSCAS

FUNCIONAMENTO DOS RELES

ORIGEM DO NOME JEEP

COMO FUNCIONA O "VACUOMETRO


TORQUE X POTÊNCIA

Torque é o momento da potência, e nos motores serve para determinar a força de torção presente no eixo do girabrequim ou rodas.

De acordo com a Lei de Newton, podemos expressá-la como: F = M * a / go, onde F é a força, M é a massa, a aceleração e "go" a constante de proporcionalidade.

Agora, de acordo com a lei Etílica podemos exemplificar o torque da seguinte forma:

-Vá até um boteco (pode ser qualquer um). Sente em uma cadeira próximo de uma mesa e peça um copo de cerveja (da sua marca preferida). Apoie o cotovelo na mesa e, segurando o copo com a mão leve-o à boca e tome. Agora peça uma jarra de cerveja e repita o procedimento. Tomou? Então agora peça um balde de cerveja e faça a mesma coisa. Independente de estar bêbado ou não (vamos desconsiderar este fato) a energia que você tem no seu braço (constante) foi aplicada sobre um peso variável (copo, jarra e depois balde). Pois bem. O teu braço, apoiado na mesa e segurando o peso na mão, atuou como uma alavanca e descreveu um movimento circular. Apesar da energia do teu braço ser constante (digamos, a mesma potência) de repente você sentiu dificuldades de levantar a jarra, ou seja, você chegou no seu limite de torque. Só faltou dizer que o torque é uma expressão temporal, ou seja, é a execução de um trabalho em um tempo determinado. O mesmo acontece no motor. Digamos que dois motores de mesma potência possuem curso de girabrequim diferentes. O motor que apresenta um curso de girabrequim maior (maior alavanca) vai ter um torque maior que o outro motor, de curso de girabrequim menor (menor alavanca). Os dois tem a mesma potência mas torque diferente. O ideal, não só no Off Road, é que um motor apresente o maior torque possível e constante em relação a variação de rotação do motor ou, se possível, que sua curva seja inversa em relação a curva de potência (possível apenas nos motores elétricos). Você pode aumentar a fôrça (torque) diminuindo a relação de alavanca. Só que vai levar mais tempo para percorrer a mesma distância. É por este motivo que os carros tem redução na rotação do motor para as rodas, através do câmbio e diferencial. Nos Off Roads ou veículos de carga incorpora-se mais redução ainda, através de mais marchas intermediárias ou outra caixa de redução para ser utilizada nos momentos de maior arrasto de peso ou grandes deslocamentos verticais. No Off Road existe outra função para a marcha reduzida que é permitir que, mesmo no plano e com pouco peso, as rodas tracionem em uma velocidade muito baixa para não patinar e afundar, situação esta que seria muito difícil de controlar com o acionamento parcial da embreagem.

Posso não ter sido claro, mas esta explicação acompanhada de batata frita e linguiça calabresa é ótima :-))

Abraços, Sukys


EXPLICANDO AS FAÍSCAS

Atendendo pedidos etílicos :-)

Digamos que você está em um bar, sentado em uma cadeira e sem poder se levantar. Pode ser o mesmo bar do teste de torque.

O atendimento é feito por quatro garçons em fila indiana. O primeiro vem com a garrafa de cerveja, o segundo e o terceiro com abridor de garrafas, e o quarto recolhe a garrafa e o abridor.  Tudo bem? Podemos iniciar a bebedeira, quero dizer, a ignição.

Primeiro em baixa velocidade, garçons andando lentamente. Você pega a garrafa, põe na mesa, pega o primeiro abridor com facilidade, abre a garrafa e bebe. Passa o último garçon e recolhe o abridor e a garrafa.

Segunda rodada na mesma velocidade. Você pega a garrafa, põe na mesa, mas se distrai com um pedaço de queijo provolone e não consegue pegar o primeiro abridor. Tudo bem, da para pegar o segundo, abre a garrafa, bebe e entrega para o último garçon. Os garçons agora passam um pouco mais rápido. Passa o primeiro, você pega a garrafa e põe na mesa, passa o segundo e, mesmo sem se distrair com o queijo, já quase não consegue pegar o abridor, mas ainda deu para abrir a garrafa e beber a cerveja. Entrega tudo para o último garçon.

Garçons mais rápido ainda Passa o primeiro, você pega a garrafa e põe na mesa no momento em que passa o segundo. Não deu para pegar o abridor dele mas deu para pegar do seguinte. Abre a garrafa e, ainda bebendo passa o último garçon e leva a garrafa ainda com um pouquinho de cerveja.

Agora os garçons passam quase que correndo e você ainda está com a coordenação motora em dia, até um pouco melhor, já que a fase de Warm Up terminou. Passa o primeiro garçon, mal você pega a garrafa já passa o segundo, põe a garrafa na mesa quando passa o terceiro mas, esticando o braço dá para pegar o abridor. Só que quando você começa a beber já passa o último garçon e leva a garrafa quase cheia.

Mais um ciclo, desta vez alguma coisa funcionou melhor, não se sabe bem o quê, mas deu para dar alguns goles a mais. Agora os garçons estão exatamente naquela velocidade que costumam andar quando o bar está cheio. Correndo! Passa o primeiro garçon, você pega a garrafa, passa o segundo quando você ainda está com a garrafa na mão. Põe a garrafa na mesa e se joga no chão, consegue alcançar o terceiro garçon pelas pernas e pega o abridor. Quando está abrindo a garrafa, passa o último garçon e leva tudo embora, sendo que você só conseguiu sentir o cheiro da espuma da cerveja. Ainda pensando no barulhinho da espuma se dissolvendo passa o primeiro garçon e você nem consegue pegar a garrafa, passa o segundo e você não entende mais nada, passa o terceiro e você pega o abridor, passa o último e te deixa a conta. Nela constam um monte de garrafas de cerveja que você abriu e não bebeu.

Moral da história: Você pagou quatro vezes mais de consumação pelo automatismo dos garçons (preço do módulo multi-faíscas), gastou uma grana com cerveja desperdiçada (combustível queimado no escapamento ou sem ser aproveitado convenientemente) e nem se tocou que as garrafas eram tipo Long Nek, que não precisam de abridor (achou o defeito do sistema de ignição).

Abraços, Sukys


Funcionamento dos Reles

Como o buteco por aqui é muito simples, teríamos que ir até Ribeirão Preto, preferencialmente por terra (e na terra!), até o Bar do Pinguim, levando o Gilberto e o Borges como zéquinhas. Para quem não sabe, este bar foi muito famoso por causa da instalação hidráulica que por lá existia.
Consistia de um grande reservatório de cerveja e de centenas de metros de serpentina refrigerada, que terminavam em torneiras instaladas no balcão. Cerveja geladinha saindo na nossa frente, sem limites.Nada mais prático! Mais prático do que isso só se deitarmos sob as torneiras,de boca aberta, e é isso o que faremos como o Gilberto e o Borges, cada qual com uma torneira, para não dar confusão.
Como o Gilberto é de pouco beber, a cerveja que sai pela torneira é mais do que o suficiente, mas para o Borges (com todo aquele Air Bag de gás carbônico...) a vazão da cerveja é pequena e ele fica fazendo bico, pedindo mais.
Não tem jeito, vamos leva-lo até o reservatório principal, onde tem um registro de cinco polegadas de diâmetro e deita-lo de boca aberta, bem na frente do cano. Pronto, a vazão é suficiente e ele nem tem tempo de acenar com a mão, pedindo tempo para tirar água do joelho.:-)
Considerando que uma instalação hidráulica pode ser utilizada para exemplificar uma instalação elétrica, temos o reservatório (bateria), os canos (fios), as torneiras e registros (interruptores) e, por fim, nossos amigos (equipamentos a serem alimentados).
Assim como os canos possuem uma vazão limitada pelo diâmetro e pela pressão, os fios permitem a circulação de uma maior ou menor corrente em função do diâmetro do condutor, e quanto mais extensos forem menor será a corrente disponível, devido as perdas causadas pela resistência do material. Assim como os fios, os interruptores também tem uma capacidade máxima de circulação de corrente, e caso um ou outro componente esteja subdimensionado para alimentar algum dispositivo elétrico, irão aquecer, derreter, ou simplesmente impedir que o dispositivo funcione adequadamente.
Em resumo, além do perfeito dimensionamento da fiação e interruptor, as perdas serão menores quanto menor for o comprimento do condutor. Em casos de alto consumo, como o motor de arranque por exemplo, a instalação do interruptor no painel seria problemática, não só pelo acionamento "pesado" mas também pela necessidade de estender um condutor de grande diâmetro. Fica muito mais prático, simples, econômico e com menores perdas instalar um "automático" (relé) junto ao motor de arranque, que nada mais é que um interruptor acionado à distância. O acionamento é feito através do campo magnético gerado por uma bobina, e como o consumo para a ativação do relé é relativamente baixa, a fiação pode ser de pequena capacidade em termos de corrente, assim como o interruptor do painel. Assim como o motor de arranque, faróis e buzinas também tem um consumo elevado e precisam ter uma fiação e interruptores adequados. Nada melhor do que manter a fiação o mais curta possível e para que isto ocorra muitas vezes temos que fazer o uso de relés.
Você deve estar se perguntando onde é que entrou o relé na história do buteco. Pois bem, como não deu tempo do Borges ir até o banheiro tirar água do joelho, nada melhor do que amarrar uma cordinha no registro e fazer o comando à distância (relé), assim não corremos o risco de molhar os pés! :-)
Abraços,
Sukys

So compelmentando (sobriamente) a viagem do Sukys (alias Sucks acho que pega meio mal), um pouco sobre reles e diodos, cdi eu nem imagino o que seja. Reles sao contatores, sua unica funcao é abrir ou fechar contatos, existem reles normalmente abertos NA e normalmente fechados NF. Normalmente sao empregados onde pelos contatos do circuito passa uma grande corrente ou tensao (neese caso mais por seguranca do operador). Alem de terem a vantagem de poder ser acionados remotamente, eles servem para preservar o circuito.
Eu explico: Qdo os contatos se aproximam o suficiente, porem ainda sem se tocarem, ja ha um inico de corrente e uma faisca, essa faisca muitas vezes acaba agredindo um pouco o material do contato, se o contato for aberto ou fechado repentinamente, essa faisca nao tem tanto tempo para saltar, o que preserva os contatos. Alem disso, normalmente o circuito que comanda o rele pode ser usado em uma potencia mais baixa, o que elimina o problema da faisca, entao, com um circuito de baixa potencia, vc comanda um solenoide (eletro-imã) que ao ser acionado abre ou fecha o circuito maior (de maior potencia) rapidamente. É devido ao fato do circuito de comando ser de baixa potencia que se pode esticar seu circuito (fios) e fazer o comando remoto. Além da preservação de contatos, a segurança é outro fator que determina a aplicacao ou nao de reles, pois o operador nao entra em contato com o circuito de potencia elevada, banheiras, por exemplo, sao comandadas por reles, pois uma pessoa mergulhada nela pode levar um choque, se fosse na tensao da bomba, com certeza fatal, mas a tensao nesse circuito é extremamente reduzida...
Diodos, é bem mais simples, é apenas uma "valvula" de corrente, que so permite que a corrente flua em um unico sentido no circuito.
Acho que é só
Ferdi
CJ5 - ITU

É exatamente esta a função básica do relé. As outras, não tão básicas mas também importantes, já foram explanadas pelo Fernando. Agora, tem (mais) outra coisa importante, existem relés e relés. Os relés utilizados por buzinas, por exemplo, são feitos para uso intermitente, não servindo para ativar faróis, por exemplo. A diferença está na bobina que ativa os contatos. Projetada para fechar os contatos com muita brevidade, esta bobina consome uma corrente relativamente elevada (para um relé) com conseqüente aquecimento da bobina, que pode até queimar se utilizada por longos períodos.

Os relés de uso profissional tem impresso em seu encapsulamento as principais características, que são a tensão de acionamento e a corrente máxima dos contatos. Alguns ainda fornecem o valor da resistência da bobina, a tensão mínima para a manutenção do acionamento, e a corrente versus tensão aplicável aos contatos. Os relés de uso automotivo normalmente não trazem nenhuma indicação já que são fabricados para uma utilização específica. Teoricamente qualquer relé automotivo deveria servir para qualquer aplicação, ou seja, a tensão de atuação tem que ser para 12V (nos sistemas elétricos de 12V, bem entendido) e os contatos para uma corrente relativamente elevada. Os contatos geralmente suportam correntes em torno dos 15 a 30 ampères, e não chega a ser problemático nas situações mais comuns de utilização, geralmente lâmpadas ou faróis. O problema é saber se o relé foi realmente projetado para funcionar de forma contínua. Por uma questão de economia, os relés para uso em buzinas tem menos espiras na bobina. Funcionam bem para esta aplicação mas podem esquentar muito caso sejam utilizados de forma contínua, podendo (e geralmente podem!) queimar. Para saber, só ligando um e verificando se existe aquecimento no enrolamento. Mesmo com um multímetro esta identificação não é muito precisa, já que a resistência do enrolamento depende também da qualidade do fio utilizado.  Uma coisa é certa, evite comprar relés baratos. O maior problema neste tipo de relé é a qualidade dos contatos, e isso você só vai saber com o passar do tempo.
Abraços,
Sukys


Origem do nome Jeep

    Quanto a origem do nome "jeep", há controvérsias. O anacronismo de General Purpose é o mais aceito (não confundir com o superior do Capitão Gay, o General Purpurina), porém existe outra história.
    Lá pelos idos dos anos trinta, nos EUA, tinha umas tiras em quadrinhos com um personagem muito do esquisito, provavelmente parente gringo do ET de Varginha, chamado Jeep, onde o tal do Jeep era um tipo de mascote de um sargento do exército, que por sinal, andava de jipe, mas não sabia disso, já que o Jeep ainda não era conhecido como jipe, e sim como Bantan.
    No comecinho de vida do JC do B, teve alguém que levou um Gibi da década de quarenta, onde tinha uma estória do tal do Jeep que andava de jipe e, a única coisa que sabia dizer era "dgip dgip", mas neste gibi o jipe também era chamado de Jeep, já que o Jeep não era mais da Bantan e sim da Willys, que resolveu batizar o jipe com o nome de Jeep sabe-se lá porque. Dizem as más linguas que era para não confundir a cabeça dos adultos, já que a existência de dois personagens, no gibi, com nomes distintos, seria muito para a cabeça dos gringos (isso me fez lembrar da frase:" pegue o hardware e vá até o hardware comprar um hardware para o hardware do meu hardware, tradução: pegue o carro e vá até a loja comprar um componente para o circuito do meu micro). Quanta maldade...

    Como nos EUA existe uma lei federal que obriga a liberação de qualquer tipo de documento oficial com mais de cinqüenta anos, recentemente veio à luz uma série de correspondências secretas entre o Pentágono e algumas colunas do exército dos EUA, baseadas na Europa.
    Alguns documentos chamam a atenção justamente pelo interesse jipístico. É uma série de documentos cifrados, e como naquela época ainda não existiam os Erros Gerais de Proteção, foi uma baba fazer a conversão. Um deles, do General Paton dirigido ao presidente Aizenhauer (deu EGP na conversão!) discorria sobre a baixa moral da tropa e pedia providências para mudar o quadro: o envio, urgente, de uma buzina à ar cromada e mais potente (para o seu Jeep), duas caixas de charutos cubanos, uma torta de maçã, e sua coleção de gibis. Tudo para ele, lógico, a tropa que se lixe.
    Até aí, nada demais, eram apenas solicitações de mimos para alegrar o seu ego. O problema é que esta mensagem foi interceptada pela Skodawagencriegwolksmeincampf (a temerosa SA, polícia política alemã). Até aí, também nada demais, já que era normal o Reichstag ser informado sobre as predileções pessoais dos comandantes americanos, senão, como os alemães poderiam aprimorar seu conhecimento do American Way of Life com vistas à participação no seriado Combate, que passou a exaustão na rede Record de televisão?
    O problema é que esta mensagem deveria ser enviada ao departamento de cultura mas, talvez por um capricho do destino, foi parar no serviço de inteligência, e aí começou a confusão.
    Os oficiais do serviço de inteligência entenderam que o texto, evidentemente traduzido para o alemão, estava em linguagem figurada e fizeram a devida adaptação, digna de um serviço de inteligência: horniairkromadonpfzeigpotent (buzina cromada e mais potente) virou horniairkromadonpfzeigpotent (lança obus mais potente), kaichotencharutfedorentkubanatsieg (caixa de charutos cubanos) virou kaichotencharutfedorentkubanatsieg (caixa de obus de 200 mm), entortatenmeinappleliebfraummilk (torta de maçã) ficou como entortatenmeinappleliebfraummilk (arma química e bacteriológica) e, por fim, a grande confusão. Acontece que o assistente do ajudante de operador de telégrafo que transmitiu a mensagem era um alemão de origem árabe, e o ajudante do operador de telégrafo que transmitiu a mensagem era cego. Como o ajudante do operador de telégrafo não poderia ler a mensagem à ser transmitida, o assistente de ajudante de operador de telégrafo, que transmitiu a mensagem, teve que ler o texto para que o mesmo fosse telegrafado. Como é de conhecimento de todos, os brimos árabes tem uma dificuldade em bronunciar algumas letras, só que o ajudante de operador de telégrafo já estava acostumado com os erros de pronuncia do assistente de ajudante de operador de telégrafo, e normalmente fazia as devidas correções.
    Mais uma vez, o destino. Num esforço de guerra, o assistente de ajudante de operador de telégrafo pronunciou a palavra gibi de forma correta, mas o ajudante de operador de telégrafo, acostumado que estava, entendeu como um erro de pronuncia e fez a devida correção para a transmissão: gipi.
    Voltando ao serviço de inteligência, os ditos entenderam que gipi (onomatopéia, em alemão, do movimento rápido e brusco de um feixe eclair, oriundo da onomatopéia, em inglês, do movimento rápido e brusco de um ziper), como sendo gipi (uma forma inculta, porém popular, que os alemães da região da Floresta Negra utilizam para descrever "veiculo militar de uso estratégico com capacidade de carga de um quarto de tonelada".
    Percebendo que estavam diante de uma mensagem altamente importante, os oficiais do serviço de inteligência não pensaram duas vezes e mandaram o telegrama diretamente para o Bambambam do Bigodinho Fino. Dizia o telegrama: grande remessa paton vg gipi equipado lançador obus vg obus carga bactericida vg topetinho boiola opss rai ritler pt"
    Hitler, que era louco mas não era bobo e tinha lá as suas esquisitices, previu que isto poderia ser o fim do III Reich e, antes que tudo terminasse em apagão, achou por bem fazer a barba com o barbeador da Braun (não confundir com a Eva Braun, que não tinha barba, só buço, devidamente depilado com cera quente). Só que, quando ele foi fazer a barba, o copo de uísque escocês (alemão que é alemão só toma bebida ariana mas como Hitler era austríaco...) caiu sobre sua samba canção no mesmo instante em que levava um choque do fio descascado do barbeador. Morreu eletrocutado e em chamas, esturricado até a unha encravada do dedão do pé (dizem que vem daí a frase "samba canção do crioulo doido").
    O final da história todos conhecem, os aliados ganharam a guerra, e como quem ganha uma guerra passa a ser o mocinho e quem perde o bandido, atribuíram a vitória ao gipi, ou melhor, ao Jeep, termo devidamente americanizado.
    Mas a verdade é essa, o termo é de origem alemã, e como disse outro topetudo: duela a quiem duela!

Abraços,
Sukys


Como funciona o vacuometro

Conforme prometido, algumas dicas sobre o uso do vacuômetro. Além de contribuir para que o motorista dirija de forma mais racional, o vacuômetro também pode indicar se o motor está ou não em bom estado e dar alguns indícios sobre o que está errado.
O vacuômetro pode ter escala numerada, zonas pintadas com cores diferentes ou combinações de números e cores. De qualquer forma indica as condições de carga do motor, isto é, a solicitação a que o motor está sendo submetido.
As unidades de depressão (vácuo parcial) podem ser dadas em polegadas de mercúrio (in Hg); milímetros de mercúrio (mm Hg): quilos por centímetro quadrado (kg/cm²) ou atmosferas (At). Como referência, uma atmosfera tem quase o mesmo valor de 1 kg/cm² e corresponde a 760 mm Hg ou a 29,92 in Hg.
De maneira geral, para que o consumo não se torne anti-econômico, depressão não pode cair muito abaixo de 8 in Hg, marca geralmente indicada em realce na escala do vacuômetro.
Quanto ao estado do motor, se estiver em bom estado, o ponteiro deverá estar firme, sem vibrações ou oscilações, entre as marcas de 15 e 22 > in Hg, quando o carro estiver parado, em marcha lenta.
Nesta faixa, que poderá variar um pouco conforme o tipo do motor, pode-se fazer um teste para confirmação: basta dar uma pisada forte no acelerador e depois aliviar rapidamente o pé; o ponteiro deverá percorrer rapidamente quase toda a escala, até cerca de 22 in Hg, e depois fixar-se num ponto qualquer, na faixa indicada de 15 a 22 in Hg.
Se o ponteiro ficar em posição fixa mas muito baixa, por volta de 5 in Hg, deverá estar havendo entrada falsa de ar no coletor de admissão e o fluxo de ar não poderá proporcionar a depressão ideal em caso de motor carburado.
O ponteiro poderá também marcar depressões inferiores à ideal e uma posição fixa entre 8 e 14 in Hg pode ser consequência de válvulas mal reguladas ou danificadas, ignição fora do ponto ideal, e desgaste ou avaria em anéis de segmento.
Se o ponteiro vibrar muito, um pouco abaixo do normal, entre 10 e 20 in Hg, as guias de válvulas podem estar com defeito.Quando a oscilação for de grande amplitude, entre 5 e 20 in Hg, poderá estar havendo escape de compressão nos cilindros causado por problemas na junta do cabeçote.
Em caso de escapamento obstruído, logo que o motor for posto em funcionamento, o ponteiro marcará a depressão normal mas logo cairá para marcas entre 0 e 5 in Hg. Se, na aceleração do motor, o ponteiro oscilar entre 10 e 20 in Hg e a vibração aumentar conforme a intensidade da aceleração, é possível que molas das válvulas estejam fracas e que o fechamento não ocorra no tempo adequado. Uma queda repentina do ponteiro, da condição normal para marcas muito baixas, 5 in Hg, por exemplo, indica que há alguma válvula presa, defeituosa ou problemas no ponto de ignição. Por fim, se o ponteiro, com o carro parado em marcha lenta, marcar depressão acima do normal, será aconselhável examinar o filtro de ar, que deverá estar obstruído, dificultando a passagem do ar.
Como frisei no email anterior, estas indicações são interpretativas e requerem um pouco de experiência em mecânica além, é claro, de um vacuômetro de boa precisão.
Abraços
Sukys