Encontro Jipenet na Serra da Canastra
14 a 17.11.2002

Relato da aventura por:

Alfonse - Goias

Aí vai um breve relato do último encontro nacional da Jipenet na Serra da Canastra, de 15 a 17 de novembro/2002.
Quarta-feira - 13/11
Na quarta-feira à tarde deixamos Goiânia. Formávamos um pequeno comboio de apenas 2 Toyotas, ( Wellington e família num veículo, Raul Caramaschi e eu, noutro ).
A partida, que estava marcada para "logo depois do almoço", se deu as 4:30! Para passar o tempo, nos dedicamos a devorar alguns sorvetes enquanto esperávamos pelo Wellington...
Logo em Piracanjuba, a pouco mais de 80 km de Goiânia, a fome apertou de novo e passamos mais meia hora sentados numa onde serviram-nos quibes e mais quibes.
Saímos pela GO-020 e depois GO-147, uma estrada nova e com pouco movimento onde colocamos os Toyotas para "esgoelar"!
Depois de criar coragem para pegar estrada de novo, depois do belo repasto e já pensando na próxima parada, seguimos viagem rumo ao interior de Minas e no início da noite atravessamos o Paranaíba. Pelo GPS, faltavam só 350 km até o destino...
Paramos para jantar ( até que enfim! ) em Uberlândia, onde pechinchamos um bocado, é lógico, senão não tem graça! Comemos, comemos e comemos mais, numa amostra do que seriam aqueles dias nas Geraes... Depois vieram os doces! Pudim, queijadinha, goiabada com queijo...
Atravessamos a cidade de Uberlândia com destino a Araxá, onde pernoitamos. Foi nossa penúltima noite de sono sem a sinfonia de roncos do Raul!
Quinta-feira - 14/11
Na quinta-feira logo cedo telefonamos para o Fernando Ortega que só pensava na "Dona Paula" ( calma, Luciana, não é nada do que pode parecer! ) e no jantar de sexta-feira... Acho que o Fernando ajudou a organizar este passeio pensando mesmo em jantar lá no Hotel Faria, no restaurante da Dona Paula, isso sim!
E se assim foi, não sem razão, pois a comida lá é boa toda vida!
Ao telefonar para o Fernando, a primeira coisa que ouvi foi:
" - Você já reservou o restaurante? Reserva prá mim também!"
Bom, voltando à prosa... Na quinta logo cedo levantamo-nos, tomamos o café da manhã ( fraquinho ) e de lá fomos ao Mercado Municipal comer um pãozinho de queijo, uai! Afinal, já estávamos em Minas!
Viajamos até a cidadezinha de Tapira, onde reabastecemos os Toyotas e colhemos informações de como chegar a São João Batista, uma vila numa das entradas ao norte do Parque Nacional.
Aquelas estradas são muito bonitas e as paisagens que se tem em Minas são de encher os olhos!
Ao chegarmos em São João, visitamos uma cachoeira e almoçamos numa casa de moradores da região, como já nos acostumamos a fazer! Na mesa aquela comidinha mineira que só tem lá mesmo! Lombinho, arroz, feijão, farinha, torresmo, mandioca, salada e dois dedos de prosa! E a hospitalidade daquela gente, então? Não há como definir tamanha bondade e generosidade!
Em São João encontramos uma Rural e uma D-20 4x4 com uns caboclos que também se dirigiam para São Roque.
Deixamos a cidade por volta das 2 da tarde e seguimos viagem rumo a São Roque, atravessando o Parque Nacional da Serra da Canastra!
Logo depois de entrarmos no Parque, vejo um tatu na estrada e paro o carro para fotografá-lo... Qual não foi minha surpresa quando o Raul, mais do que depressa, aparece-me com o bicho nas mãos! E ainda diz:
" - Eu nunca deixei de pegar um tatu!" Para emendar, contando uma história acontecida há muitos anos...
" - Só um, uma vez... Segurei-o pelo rabo mas ele não tomou conhecimento... Era um tatu canastra que deveria pesar mais de 70 kg..."
Imaginem os senhores... o Raul segurando um tatu pelo rabo e sendo arrastado por ele... Sem comentários!
Mas não pegamos o tatu à toa, pois dizem os regulamentos do Parque que não se pode perseguir animais... Ora, nós só o pegamos para catar-lhe uns carrapatos! Ninguém perseguiu animal algum! Eu não vi nada!
Seguimos então até a Casca D'Anta para um mergulho e admirar toda a beleza daquelas serras. Naquele dia, a cachoeira estava completamente vazia. Passamos depois pela nascente do Velho Chico e de lá seguimos para São Roque.
Depois de um dia inteiro viajando, estávamos finalmente naquele pedacinho do paraíso, encravado nas montanhas das Minas Geraes...
Ao chegar, a primeira coisa que fizemos foi aceitar de pronto o lanche que nos esperava na Pousada VL, da Dona Carmelita. O pão de queijo que se come ali... Ô trem bom! Eu, muito educado e comedido(!), comi só um pouquinho... E o bolo, então?
Depois de lavarmos nossas carcaças, lembramos que já era hora do jantar, hora de comer de novo!
Sexta-feira - 15/11
No dia do aniversário do primeiro golpe de Estado em nosso país, levantamo-nos cedo na medida em que isso era possível...
Passamos a manhã quase toda no hotel, dormindo e tomando um looongo desjejum... Depois de um dia inteiro viajando, estávamos cansados. E mais uma vez, famintos! Tomamos o café da manhã e ficamos ali por perto mesmo, esperando pela hora de encontrar o comboio da Jipenet.
Encontramos então o Fábio e a Andréa Vernizi, que foram nos visitar no hotel, acompanhados do Maurício e sua esposa Cris, vindos todos de São Paulo e dali saímos para abastecer, contar uma mentiras e lembrar do que o "Pavilhão 9" aprontou no Jalapão no ano passado, causo este já muito bem contado pelo Paoli.
O Fábio e outros que chegaram um pouco mais cedo a São Roque tomaram o rumo da serra e nos despedimos.
De tarde, almoçamos a comidinha gostosa da Dona Paula, e tomamos o rumo da parte baixa da Casca D'Anta, para encontrar os nossos amigos vindos de São Paulo ( grande maioria ), Rio e Minas.
Por volta das 5 horas da tarde, copiamos no rádio umas prosas que pareciam os e-mails da Jipenet... Não haviam dúvidas, a farra estava mesmo começando!
Que bonito ver aquele comboio de carros já meio sujos e de gente animada, amistosa e, porque não dizer, velhos amigos!
Passamos pelo comboio "fazendo o reconhecimento" da moçada e ali mesmo, naquela estradinha de terra do sul de Minas paramos para confraternizar, afinal, ainda que por e-mails, conheciamo-nos todos há muuuito tempo!
Ainda dentro das viaturas, reconhecemos primeiro o casal Pieroni e o Fernando Ortega e Luciana.
Depois, a Debora ( toc, toc, toc )... Caramba! É uma menina, de tão nova! E muito bonita! E eu que a imaginava quase uma senhora vetusta... Ééé... os e-mails falam e falam mas não contam tudo!
E no mesmo instante aparece-me um dos "consultores-mor" da lista e diz:
" - Oi, eu sou o Wallace!" Gente... Que figura!
Depois das primeiras fotos, unimo-nos ao comboio e chegamos juntos a São Roque de Minas, onde fomos para a praça da matriz esvaziar algumas latinhas.
Neste instante quem aparece? Nelcivone e Júnia, Luciano e Marcia e Carrrile e Jussara, e vindos de Goiás. Pronto, o nosso pessoal estava completo!
Dali, quase todos foram para seus hotéis, para nos encontrarmos à noite na "Dona Paula". Até que enfim!
Eram quase 9 da noite quando começamos o rega-bofe... Vocês que lá estiveram, sabem do que estou falando, os que não nos deram o prazer da companhia, podem bem imaginar. E ver as fotos que em breve vão estar na net.
Comemos, comemos e comemos... O Doce de leite ali... UAU! Poucas vezes vi alguém comer tanto doce como o Fernando Possato... O caboclo come muuuuito! Deve ter mais lombriga do que eu! Perdi para ele a parada do "vamos ver quem come mais doce"... E perdi feio!
Fernando, no próximo encontro eu quero revanche! Doce de leite e queijo, de novo!
O Wallace sugeriu que nos pesássemos "antes e depois" e que a "avaliação" fosse feita de forma proporcional ao peso do glutão e não pela quantidade de comida ingerida... Sei não...
Aqui na Jipenet, os mais novos ainda não sabem, medimos o nosso peso em arrobas, igual se pesa gado! Eu com minhas 6 arrobas, o Raul com 10, o Borges e o Peixoto tinham umas 8 há tempos atrás, quando fizemos nosso último "levantamento"!
Bom... Ficamos ali proseando, proseando e nem vimos o tempo passar.
De repente, aparece a Dona Paula já tirando os pratos e guardando a tralha, enquanto o Raul e eu ouvíamos o Wallace falar de motores. Prá quem gosta, um prato cheio!
Saímos dali e fomos para a Praça, não antes sem experimentar a Cheroka na terra... Agora eu entendo porque o Wallace gosta tanto daquela viatura...
De madrugada encontramos o Caco, de Atibaia e o Daniel Parra proseando na praça, em frente à igreja e nos unimos a eles... Éramos 4 a prosear sossegados! O Caco a todo instante lembrava-se que a esposa estava esperando no hotel:
" - Ela ficou cuidando das crianças. Está dormindo!"
Algumas cervejas e muita conversa fiada depois, quando falamos de jipes e mulheres ( não exatamente nesta ordem ) o badalo do sino da igreja nos avisa que já eram 2 da matina... Neste instante o Wallace avisa ao Caco que já eram 2 da manhã... O Caco, muito tranqüilo nos conta que pode chegar em casa na hora em que bem entender, pois a esposa é muito tolerante, não há mal algum em tomar uma cervejinha com os amigos, etc... Enquanto isso o Daniel se lembra:
" - Esqueci a chave da Pousada, como eu vou entrar? Minha mulher vai me matar!"
Wallace e eu, os solteiros do grupo não conseguiam entender estas preocupações! Não fazem sentido nenhum! Que coisa mais esquisita! "Hora para chegar em casa!?" O que é isso?!?
Daí a pouco o sino toca às 3 horas da manhã, 3 e meia, e depois às 4, às 4 e meia...
O Daniel vai para a Pousada e lá vamos nós, pois a solidariedade nos impelia! E também a curiosidade de ver como o caboclo iria abrir a pousada sem as chaves e mais ainda, o que acontece quando "um homem sério" chega em casa com o dia amanhecendo...
Como vocês podem ver, parece que o "espírito do Borges" e de todo o trabalho com as chaves, coisas ainda do encontro de junho/99 estavam lá e bem vivos! Essa foi a "maldição do Borges" a nos atormentar neste ano! Daniel e Chris ( BH ) as suas vítimas!
Desta feita ele não foi, mas mandou seu espírito. Espírito de porco, isso sim! :-)
Foi aí que um gaiato sugeriu:
" - Temos 3 opções para abrir a porta: bater na porta até alguém abrir, bater no dono da pousada para ele abrir a porta ou derrubar a porta!"
Mas nenhuma das 3 opções foi posta em prática, pois optamos por algo mais inteligente: arrombar a porta!
Lá vem o Daniel com sua caixa de ferramentas e, quando estávamos quase conseguindo nosso intento, ele vê um botãozinho na parede que parece ser uma campainha e toca... Acabou-se a graça de tentar abrir aquela porta...
Assim, os aprendizes de arromabadores seguem para o calor de suas camas quase às 5 da manhã.
E o que aconteceu a nossos heróis, os sérios homens casados? Como foi chegar em casa junto com o sol? O que os esperava? Bom... Melhor perguntar prá eles... Tudo o que eu conto aqui é que quando o Caco chegou ao hotel, encontrou a Dona Patroa sentada na cama, acordada e com os olhos bem abertos, mãozinha na cintura e... Bom, deixa prá lá! Fala aí, Caco!
Sábado - 16/11
Depois de uma noite insone, levantamo-nos... Eu, particularmente, me dirigi à cozinha do hotel com a firme intenção de devorar todos os pães de queijo que encontrasse pela frente.
Saímos em comboio para a Serra da Canastra, parte alta... Pelo que sei , fomos em 2 comboios da Jipenet, pois um fora antes e lá já estava quando o segundo comboio chegou.
Primeiro, vimos a nascente do Velho Chico, onde paramos brevemente. Depois, fomos à Cachoeira do Rolinho, parte alta e parte baixa, onde nos encontramos com o comboio que deixou São Roque mais cedo.
Naquelas águas frias, tomamos um banho revigorante, daqueles que espantam tudo quanto é mau-olhado, quebranto, assombração e feitiço! A água estava muito fria!
Na volta... Um caboclo que eu não sei quem é e nem quero saber, abalroou a Camper do Henrique e da Helena Pieroni, felizmente sem gravidade, mas com muita grosseria.
Eu não vi, pois estava dormindo nesse instante, mas contou-me o Raul que o caboclo saiu muito bravo de dentro do carro, uma Saveiro e numa valentia medonha, mas aí... Ele viu o tamanho do Raul e do Fernando Possato que desciam de suas viaturas e, principalmente, o tamanho do comboio que acompanhava e ficou mais educadinho, e resolveu avaliar melhor tamanha valentia...
Mas não muito! O caboclo, ao invés de manobrar e dar passagem para o comboio ou então ficar parado onde estava, resolveu se transformar numa autêntica rolha de trilha e voltar de marcha-à-ré... E não fazia isso numa boa não... Quando o Wallace pediu passagem, o cara fez com as mãos sinal de que não estava "nem aí", enquanto a capivara que o acompanhava nos mandava esperar...
Foi aí que o tempo começou a fechar... Passamos por ele e a Cherokee mostrou que quando é preciso, sabe ser um Jeep. Além da frente amassada, por ter batido na lateral da Camper, o Wallace "deu um polimento" na lateral da Saveiro...
Bem merecido o corretivo! Uma "peia" bem dada também teria sido de boa valia...
Fomos embora, com destino à Casca D'Anta e ao encontro do primeiro comboio, que já estava na cachoeira.
Depois dessa arte, o Wallace foi convidado a participar da Jipenet-Goiás. E sem precisar de avaliação prévia. O caboclo é valente!
Na final da tarde de sábado o comboio seguiu viagem rumo à cidade.
A Debora ( toc, toc, toc ) e seu co-piloto, acompanhados do Fábio Rosa, resolveram subir até um mirante para fotografar e se desligaram do grupo...
À noite, durante o jantar ficamos sabendo que um dos veículos retardatários sofreu um acidente. Segundo a Debora, o Fábio foi lançado para fora do Jeep, que capotou... Os detalhes dessa prosa ficarão por conta deles! Fala aí, Debora ( toc, toc, toc ).
E como se não bastasse, ficamos ainda sabendo que este foi o segundo capotamento em trilha onde a Debora ( toc, toc, toc ) também estava... E em poucos dias!
Debora?!? "Toc, toc, toc"! :-)
Naquela noite fizemos nossa despedida. Churrasco, regado a cerveja e muita prosa. Prosa boa, daquelas que deixam saudades!
Lembramo-nos então do João Ballas, que fizera aniversário no dia 15 e do Raul e Silvio, que trocariam de idade daí a poucas horas, no dia 17! Lembramos-nos também de todos os nossos companheiros virtuais não presentes ao encontro, incluindo aqueles de além mar, como o J. Grilo em Portugal, lá do outro lado do Atlântico!
Depois do jantar, as lembranças da Jipenet: pequeninas lanternas com o nome do nosso grupo, "Jipenet" escrito em cada uma.
Fotos, abraços e vontade de "repetir a dose" o quanto antes!
Assim nos despedimos na noite de sábado, alguns ainda dispostos a trilhar um pouco mais por aquelas montanhas no domingo. Outros, como o "Pessoal de Goiás", cansados e prontos a tomar o rumo do Planalto Central.
Domingo - 17/11
Deixamos a cidade de São Roque na manhã de domingo, depois de um lauto desjejum que deixou saudades...
Rumo a Tapira, descobrimos que o tracklog feito na quinta-feira, se perdera... Acertamos o caminho no início, mas depois... Seguimos viagem pedindo informações aos cavaleiros que encontrávamos pelas estradas. A essa altura o pedal do acelerador do Toyota do Raul começou a dar o ar de sua graça...
Provavelmente por causa da terra que se acumulou no cabo do acelerador, a força necessária para premer o pedal fora exagerada e este se deformou, reduzindo seu curso e diminuindo a quantidade de combustível na bomba injetora.
Assim, atrasamos um pouco a nossa chegada a Tapira, nosso último trecho de estradas de terra naquela expedição.
Ao chegarmos, a primeira coisa que procuramos foi um restaurante, afinal, como sempre, estávamos famintos e ansiosos por aquela comidinha mineira. Mais ansiosos que famintos, é bem verdade! Principalmente depois de ouvirmos a Júnia nos lembrar ao rádio as delícias que nos esperavam...
Lá pelas 2 da tarde seguimos viagem rumo a Araxá, onde chegamos a duras penas, pois o pedal do acelerador, com o metal fatigado por tanto "entorta e desentorta", já não tinha mais nenhuma resistência mecânica...
Paramos num posto de combustível e tratamos de providenciar o reparo.
Doutor Nelcivone e eu fomos a uma oficina, que estava fechada e depois a uma garagem, perto de um ferro velho, onde o Nelcivone botou em prática seus conhecimentos cirúrgicos e providenciamos uma "tala" para o pedal. A tala era um pedaço de madeira que encontrei dentro da carcaça destruída de uma velha Brasília, que o Nelcivone deixou no tamanho exato com a ajuda de um facão e que amarramos em torno da haste do pedal com fios de arame!
Literalmente... Um Toyota conserta-se até com arame!
De Araxá partimos por volta das 5 da tarde... Esperava-nos longos 500 km de estrada pelo sertão do Brasil, rumo ao Planalto Central. Abastecemos próximos da cidade de Araguari, no Brasileirão e de lá marcamos o rumo da divisa MG-GO, pois o Raul e o Nelcivone nos lembravam que logo depois de cruzar a ponte por sobre o Paranaíba, havia uma pastelaria e ali, um pastel de guariroba. Ou "gueroba", como chamamos por aqui. Hummm...
Para aqueles que não sabem, guariroba é uma palmeira, e o talo é como um emorme palmito, de sabor acentuadamente amargo e muito bom!
Ao chegarmos lá, pouco depois da 8 da noite, qual não foi minha surpesa ao ouvir o pasteleiro me perguntar:
" - Você sabe o que é guariroba?!"
Não, animal, estou pedindo só porque acho o nome sonoro! Foi o que eu tive vontade de dizer, mas cavalheiro que sou, me calei... Só faltava ele me perguntar o que era um pequi!
Ao menos se estivesse falando com o Bill... Até daria para entender!
Depois de quase uma hora nos regozijando com aquelas iguarias simples mas muito saborosas, tomamos pela última vez o rumo de casa, chegando em Goiânia por volta da meia noite!
Alfonse

Familia Pieroni - São Paulo

Família Pieroni na estrada novamente e de "geringonça" nova na Versão Plus
(funciona menos que a anterior, com mais arames e menos um dos cabos de
vassoura de sustentação do notebook!) :-/

Saimos de São Paulo às 9:30h da manhã do dia 14/11, quinta-feira,  com intenção de fazer
um tour por Poços de Caldas. Pela Fernão Dias até Atibaia; Dom Pedro até Campinas; e
na BR-340 entre Casa Branca e Mococa entramos à direita num caminho alternativo para
visitar as barragens de usinas hidrelétricas, chegando a Poços de Caldas por estrada de
terra. Umas voltas pela cidade e retornamos à estrada.
De Poços para Passos.
Por trecho um pouco mal sinalizado, conseguimos voltar a BR-340 na altura de Guaxupé
e seguir em direção a Passos. Mas uma hora antes de chegar a Passos nos adicionamos ao
comboio dos amigos jipeneteiros que haviam saído de São Paulo às 12:00h. Festa na estrada ...
(Wallace, Rodrigo Dias e Cintia com o Deep Blue recuperado, Rodrigo Portugal e Cássia,
Fernando e Cássia/João, Caco e Mirian/Bia e Bruna, Daniel Parra e Carol).

Chegando em Passos, nos encontramos com Fábio Rosa.
E daquele comboio, 4 seguiram direto para São Roque de Minas, o restante, inclusive nós,
pernoitamos em Passos. No mesmo hotel encontramos com Wayne e família.

Na manhã seguinte ... 15/11, feriado.
Belo dia de sol, mais jipes haviam chegado durante a madrugada!
De São Paulo: Sílvio Cavalcanti, Luiz Forte e Daniela, Fernando Possato e Laura,
Débora e Guilherme, Neno e Sandra, Alan, Danilo e Joana.
De BH, Christian e Edson. Foi uma pena a minerada não ter comparecido a Minas, mas
sem dúvida nenhuma foi bem representada.
Saimos do ponto de encontro em 12 jipes em direção à balsa que nos transportaria
à cidade de São João Batista do Glória, do outro lado da Represa Peixoto.
Atravessando o rio, o comboio já enumerava 15 jipes e assim seguimos para a
Serra da Babilônia.

Durante a subida, um chamado no PX do grande amigo Fernando Ortega que
veio integrar o comboio num dos trechos mais bonitos da região, a Serra Calçada
e a Serra Branca. Várias paradas para fotos, paradas hidráulicas, e paradas hidráulicas
de CJ ... (cadê a tampa do radiador, Fábio! Tudo se soluciona com 'silver tape')

Após parada em restaurante do Zé de Lima ...
[ Sílvioooo, quantas você trouxe daquela caipirinha "UAI"??? ]
Na saída, cruzamos com o comboio daqueles que haviam pernoitado em
São Roque já haviam visitado a Casca D'Anta parte baixa e fariam o
percurso que acabávamos de fazer até a Pousada Babilônia para então
voltar a São Roque, liderados pelo Vernizi.

Alguns km antes de chegar a SRM, duas Toyotas Bandeirantes no contra-fluxo
fazem o retorno e se agregam ao comboio. São os famosos jipeneteiros
goianos!!! Vieram nos escoltar!!! Que gentileza!!! Figuraaaaças!!!
E na entrada da cidade encontramos com  Joaquim em sua Toyota.

Hora do jantar. À noite, a praça foi tomada, só dava Jipenet!! Que bacana!!!

Todos cansados, tínhamos que dormir! Mas como a fauna na Serra da Canastra
é rica, despertaram as "corujas" natas de quatro malucos que ficaram na praça
durante toda a madrugada ... tsc ... tsc... tsc ... Dois solteiros e dois casados ( Hã???).
Donas patroas tranquem suas portas mesmo, neguinho folgado fica do lado de fora!!! :-D
Seriam as desvantagens de quem casa?? (Alfonse, Wallace, Raul no QAP??)

No dia seguinte ... (16/11)

Conforme a programação conheceríamos a Cachoeira Casca D'Anta por cima.

O clima, o lugar, o ar ...  Tudo a favor!!

Na entrada do Portão 1,  grande "X", vulgo gaúcho cangaceiro também presente
com a esposa Rogéria.

E na fila ...era a vez do CJ do Ruan ...
"Por que parou? Parou por quê?"
Seria mais uma falta de gasolina?? Ah, não de novo, não!?
Ou o câmbio que estava prestes a cair e caiu?? Não apertaram direito os parafusos???
Falta de óleo????  Mas tinham acabo de completar ... ?!
Ah nããããoooo!!! Agora era diferente ...
A temperatura havia subido rápido demais na subida! O radiador estaria seco??!!
Então o esperto foi verificar! ;-P
Sai da frente, sai de baixo, sai de cima, vai explodir!!! Quem via de longe e
visitava a serra pela primeira vez achou que havia uma fonte de geiser ou então
que se tratava de região vulcânica!!! :-D
Depois do susto, não vamos deixar o CJ, não! Nem de castigo!!!
A Camper puxa ladeira acima, até para no meio da subida e sem ressentir
continua valente até o Centro de Visitantes. Agora serviço de profissionais
e o radiador ganha até aditivo  ... :-O

Ali todos reunidos, muitas apresentações, uma em especial:
Nelcivone dirige-se ao pequeno e pergunta:
- "Você é o Luigi? Muito prazer, Papai Noel!!"
O zóinho dele quase estala!!!
O prazer foi nosso com certeza em conhecer o casal Nelcivone e Junia com
aquela magnífica Land 110 branca!!!!

Cachoeira do Rolinho parte de cima e parte de baixo. Banho gelado em piscina
natural, todas as crianças se divertiram muito, além do troca troca de viaturas
deram um show à parte do que é participação e aproveitamento!!
Bia e Bruna do casal Caco e Mirian; Ivan e Lívia de Wayne e Marcela; João de
Fernando e Cássia; Natasha de Joelson e Ivanilda, PARABÉNS!!!
E por que não aos meus, Amanda e Luigi, zequinhas sem alça. :-))

Antes de sair dali, mais uns apertos no câmbio do CJ do Ruan! :-))

Na volta, por uma trilha estreita, seguíamos a frente de um comboio de uns
15 jipes para Casca D'Anta parte alta.
Tinha chovido um pouco antes naquele trecho e uma camada de lama
bem escorregadia havia se formado ...
No contra-fluxo, vem em velocidade um pouco além do esperado uma saveiro
sem fazer menção de diminuir ... ou de se afastar lateralmente.
Uéééé ???!!!!  :-/
Henrique mais do que depressa sobe na lateral da trilha ...
A saveiro no último momento breca, trava e perde o controle, escorrega uns
5 metros e só vem parar na lateral da Camper.
Eu nem queria sair do lugar para não ver o tamanho do estrago tendo em vista
o baita barulho ...
Henrique na maior calma, olha a Camper e segue em direção ao outro veículo,
quando o seu condutor sai esbravejando: - "Pô cara, mas você tem tração!!!"
E conservando a calma, Henrique indaga:
- E ...??!!
E o indivíduo metido a gostosão, sem querer admitir a c_g_d_, mostrou sinais
de impaciência ... Lógico, ele tinha que gritar mais alto, suas companhias
femininas assim o exigiam ... duas na caçamba poderiam ter se machucado
se a batida tivesse sido de frente.

Mas o nosso comboio começa a descer... daí ele teve que afinar ...
Se tem um lugar e hora para você ter um acidente destes, aquela era a hora e o
lugar certos ... Tem companhia melhor do que goianos para uma discussão dessas??? #-))
E o pior, ou melhor, tem paulista de sangue goiano nas veias que tratou de tratar ...
a lateral da saveiro ... :-))) Wallace, conta este conto!!!

Não foi nada e deixemos prá lá, o prejú foi do Mané ... (farol, paralama e capô)
Comprovada a robustez da fibra que só teve um lasco na pintura!
O Henrique vai colocar em prática as técnicas aprendidas no curso de fibra de vidro.

Em seguida partimos para a Casca D'Anta parte de cima. Nada melhor que um banho
gelado para relaxar ...

Voltamos para São Roque de Minas no final da tarde.
Agora um banho quente e nos preparamos para a grande confraternização!!
Durante todo nosso percurso foram vários os encontros ...  e naquele momento
o encontro teve gosto especial ...  só faltou um bolo de aniversário, né Possato!!
Éramos em tantos que faltou mesa, mas logo resolvemos o problema.
E aí Marcelo (RJ) tiveram dificuldade para cortar a carne? ;-))
Danilo e Joana, por que chegaram tão tarde, hein???!!!

No dia seguinte alguns já tinham partido às suas origens e um pequeno comboio
seguiu para a Casca D'Anta parte baixa. Mais um banho gelado nas águas do
"Velho Chico"  e nos despedimos do pessoal ali mesmo!

Seguimos em direção a Serra da Babilônia e almoçamos na Pousada Babilônia,
(comidin gostosin di fazenda, hummmm) onde o amigo Valdir e Marian <não> nos
aguardavam ... Surpresa!!!! :-))
Surpreendidas ficaram as galinhas e seus pintinhos que fugiram o tempo inteiro do Luigi ...

O pessoal que ficara na Casca D'Anta passa por nós, despedem-se e seguem!!
Ai que saudade!!!

Saimos dali por volta das 16:30h. Seguindo para São João Batista do Glória
para atravessar a balsa (1h de espera). Em Passos abastecemos e às 19:00h
partimos direto para São Paulo, fugindo de um congestionamento na altura
de Campinas desviamos para a Dom Pedro, Fernão Dias, Serra da Cantareira,
chegando em casa às 23:55h.

Gostaria de citar todos os nomes, mas não os tenho, portanto, fica aqui o nosso
muito obrigado aos organizadores e a todos os participantes que fizeram o sucesso
do passeio, pois estes encontros complementam esta relação (ooopss) que travamos
aqui na telinha, reaviva nosso equilíbrio, recupera a camaradagem, enaltece o que
temos de melhor prá dar (oooppss) ... ;-P

Hummm ...
      ...  foi bom prôceis?!!  8-)

[]'s sempre querendo mais!!!

Helena Pieroni
Camper 93 4x4 TD
"Pégasus"

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