Guia de identificação dos colegas da Jipenet/SP
Escrito por Bill Johnson

Lendo alguns e-mails relatando a frustração em não ter conseguido achar o pessoal da Jipenet SP durante os encontros no Paceambu, acredito que já passou a hora que agente montar uma lista das características mais, vamos dizer, "marcantes" dos integrantes deste ilustro grupo. Em ordem alfabética:

Artur - Chega à pé (como a maioria doa Niveiros). - Fala um dialeto de português quase irreconhecível, mesclando expressões poloneses, gestos africanos e cerveja brasileira, esta última em grandes quantidades. - Só sai quando a Sílvia lhe ameaça de "dar uma volta" num Engesa qualquer.

Ballas - Não chega. - Fala que estará presente na outra semana. - Justifique a sua ausência via e-mail na sexta-feira.

Bill - Quando chegar, demora uma meia hora descarregando a criançada e todo a tralha associada. - Fala um português ainda mais desconhecido, não entendendo porque a palavra "chave" é feminino enquanto "buraco" é masculino. - É um dos últimos a sair, pois tem que esperar as crianças dormir para não ter que passar no McDonald's.

Borges - Chega falando alto prá caramba. - Fala alto prá caramba. - Sai falando alto prá caramba.

Erich - Chega de zeca, lamentando que o Jota do pai dele nunca viu lama. - Conversa tecnicamente sobre os virtudes de cintas florescentes e patescas de madeira. - Sai sonhando do seu primeiro jipe, destinado a ser um Engesa com pneus 44".

Farber - Um dos primeiros a chegar. De terno e entrando de ré, se mostra uma elegância pouco comum neste redor. - Conversa sem parar sobre os virtudes do seu Vitara, mas sempre pronto para mudar a conversa sobre "aquele verão, viajando na Europa de Kombi". - Sai bem menos elegante do que chega.

Fredy - Chega ainda sem jipe. - Pede para todos lhe permitir "só um rolé" no estacionamento. - Sai contente, pois sempre consegue uma vaga de zequinha para o final de semana.

Grilo - Chega passando no meio da galera, estacionando no primeiro espaço não apropriado. - Descola mais cinqüenta adesivos para colar no Terraplenagem. - Sai pegando um caminho desconhecido até hoje.

Maurício - Chega de pé, pois o Scully não cabe em lugar nenhum. - Fala somente de vez em quando, preferindo em ficar "só de olho". - Um dos raros que sai no mesmo estado que chegou.

Nogueira - Chega de Jota 0km, pois o jipe não conhece lama. - Fala do seu currículo, revisado pela última vez em 1983. - Sai subindo, sentido Augusta.

Régis - Chega com mais uma modificação no seu Samuca. - Conversa com tudo mundo, desde que tenham um Samuca mais modificado do que dele. - Sai com uma nova esquema de importação de peças.

Rija - Chega de pé e jura que tem um Niva. - Tente se justificar de abrir a mão do Samuca. - Sai apoiado no braço da Ka, resmungando sobre o seu salário.

Sílvio C. - Chega com um sorriso constante, nunca de mau amor, apesar de todos os problemas com seu jipe. - Passa a noite inteira tentando convencer a turma que é engenheiro elétrico. - Sai com o Engesa pegando no tranco.

Sílvio D. - Chega reclamando do trânsito, não entendo porque "os merda" não usam transporte público. - Fala que está prestes de colocar pneus novos no Niva. - Sai carregado.

Vernizi - Chega com mais um troféu em cima do capô do NiViper. - Tira fotos da galera. - Sai cedo, pois se faz tudo rapidinho.

Waltão - Chega buzinando para toda parte. "Porra meu, os merda só andam no meio do caminho!!!" - Pula de cabeça na barraca Churabom para pedir aquele whisky paraguaio 2 anos. - Conversa com todos, desde que o seu jipe tem guincho.

 

Com uma cópia deste relato debaixo do braço, deve ser fácil localizar a turma da Jipenet SP entre os milhares de jipeiros que freqüentem o Paceambú. Faltando isso, ainda resta uma chance. Olhar para os jipes que têm um adesivo da Jipenet. Depois vai andando até o outro lado do estacionamento para ficar bem longe destas pessoas. É melhor não se contaminar enquanto ainda houver tempo. HTH,

Abraços,
Bill Suzano, SP, Brasil 1998
Samurai "Spider"