Jipenet
Trilha da Tinga - Jipenet/RS
Saímos sábado 2 da tarde,
eu de Camper com pneus Kumho MT31x10,5 , Luís Muller de Samurai com pneus iguais aos
meus, Chico araújo de Niva com pneus Pirelli garra (todos da Jipenet-RS), Rafael Candiago
de Toyota longa e pneus Fate 7.50 (ex-Jipenet) e o irmão do Luís Muller (não lembro o
nome) de Toyota capota de lona turbo e pneus BF 33.
Resolvemos fazer a trilha da tinga, pois não havia chovido e lá tem as pedras e erosões
como obstáculo para os dias secos.
Na subida tudo certo, é um morro alto pra caramba, tem-se uma vista panorâmica do
encontro do rio guaíba com a lagoa dos patos.
O Niva e o Samurai apanharam um pouco por não conseguirem subir a velocidades muito
baixas, como a Camper e as Toyotas, que têm maior torque no motor. Era quase um
rock-crowling!
Mas tudo bem, apenas algumas queimadas de embreagem dos pequenos, mas ninguém chegou a
precisar de ajuda, além das dicas.
Lá no topo, resolvemos atravessar um banhadinho, que existe devido à nascente de um rio,
no meio das árvores.
O primeiro, o Samurai, mostrou que estava no seu chão, com pneus 31 e pouco peso, quase
atolou mas passou sozinho.
O segundo, a Toyota loooonga e pesaaada do Rafael, ancorou e adernou à esquerda...
Olha daqui, olha dali, achamos que o melhor era tentar puxar para a frente. Como só o
Samurai havia passado, concluímos que outro jipe grande devia cruzar para ajudar. Lá se
vai a Toya com 33', embalou, acelerou, e passou.
Mas para tirar a longa...não foi fácil. Numa das tentativas, inclusive, alguém prendeu
a cinta na bola de engate utilizada para puxar barco, que por isso era fixada num suporte
de aço bem rebaixado em relação ao jipe, resultado: com o esticar da cinta, o suporte
quebrou e foi arremessado violentamente em direção à Toya longa, que por sorte não
estava alinhada com a outra, ia dar m... com certeza (não achamos mais a bola de engate).
Depois de muitas tentativas, conseguimos tirar a toyota.
Daí chegou a vez do Chico e seu Niva, acomodou-se no banhado com o párachoque encostado
no solo. Puxamos para trás (com cuidado) e lá vai de novo: mesma coisa, atolado. Puxei
mais uma vez e lá vai. Atolou de novo.
Daí tiramos pela dianteira e fim de tentativas.
Minha vez, segunda reduzida, pé no fundo e...quase. As rodas dianteiras sairam do
banhado, mas as traseiras recusaram-se. Com facilidade fui resgatado pelo Rafael da Toyota
longa.
Como nesta trilha não tem saída, viramos os jipes para passar de novo...
A Toya de 33' passou sem problemas, eu com a Camper também, o Luís de Samurai idem, mas
o Chico e seu Niva, desta vez com maior velocidade, bateu com a saia frontal do Niva na
saída do banhado de tal forma que chegou a perder a placa, e ainda jogou longe uma pedra
que estava oculta pela lama. Tiramos ele, veio o Rafael com a looonga e pesaaada e ficou
também.
Na descida do morro, primeira reduzida segurando, num trecho onde tem paredões dos dois
lados e uma erosão perigosamente próxima à roda direita, tomei o cuidado (era o
primeiro da fila) de chegar o máximo possível para a esquerda, e logo depois do buraco,
deixar o jipe cair para a direita, sem frear, o que daria tombo certo. Passei, olhei pelo
espelho para ver meu seguidor, acho que ele se atrapalhou e... bumba. Virou o Niva do
Chico. A sorte é que tinha o paredão, onde ele apoiou-se com a capota, se não tivesse
ia dar umas voltinhas...
Tudo bem com o Chico (branco igual a uma vela, a estas alturas), tratamos de desvirar o
jipe, onde aparentemente só um pequeno amassado perto da saída de ar traseira (foi só,
né Chico?). Nem assim ele perdeu a esportiva, vai longe esse garoto!
Depois de muitas fotos, voltamos à descida, tudo ok, paramos no posto onde checamos
algumas coisas e fomos embora, feios, sujos e cansados, mas tranquilos e felizes.
Foi muito legal a união do grupo, todos ajudando muito e tomando decisões em comum.
Parabéns aos que foram, e não esqueçam: sábado que vem é em Dois Irmãos. Até lá!
Abraços,
Gustavo R. Heck
Camper 6c 4x4 92
POA
Jipenet-RS
Gustavo resgatando Chico no atoleiro |
Niva do Chico recem virado |
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